quarta-feira, 15 de junho de 2011

Conclusões da conferência do Pirate Parties International em Friedrichshafen

Símbolo do PPI
Post do Movimento Partido Pirata Português.

Realizou-se entre 11 e 13 de Março de 2011, na Messe de Friedrichshafen na Alemanha, a conferência anual do Pirate Parties International (PPI), que contou mais uma vez com a participação do Partido Pirata Português (PPP), na qualidade de membro de pleno direito e um dos fundadores do PPI.


Dia 11:

Tal como no ano anterior, o primeiro dia foi reservado apenas para um evento social com vista a que todos os delegados se pudessem conhecer um pouco melhor antes dos dois dias de procedimentos oficiais que se seguiriam.

Dia 12:

O primeiro dia oficial da conferência começou com a apreciação e votação das candidaturas de novos membros para o PPI.

As várias candidaturas foram apresentadas, de um modo mais ou menos completo, com a ressalva para a de Marrocos que, apesar de contar com um dos seu delegados presente, por receios fundados de perseguição política efectiva no seu pais natal, principalmente nos tempos conturbados que se vivem actualmente na região, não foi apresentada publicamente perante as câmaras.

Da votação que se seguiu resultaram quatro novos membros por inteiro:
Partidos Pirata da Eslovénia, Canadá, Marrocos e Nova Zelândia
elevando o total de membros ordinários para 26 e acrescentando 5 novos membros observadores: 
Partidos Pirata da Bavária, Hessen e da Catalunha, a Juventude Pirata Alemã e os Piratas sem Fronteiras.
De seguida iniciou-se uma sessão fluida usando a tecnologia Open Space, onde vários assuntos foram propostos e discutidos por todos os interessados presentes contribuindo para uma maior interacção e discussão dos temas de interesse comum aos diversos Partidos Pirata representados na conferência.

A par desta sessão, um dos temas em agenda foi o debate sobre as emendas propostas previamente à realização da conferência, e que foram votadas ao final da tarde.

Dia 13:

O último dia da conferência ficou reservado para as eleições dos novos órgãos do PPI e votação de moções, para uma conferência de imprensa e um discurso de encerramento.

Depois do anúncio dos resultados da votação para as emendas aos estatutos realizadas no dia anterior, as eleições que se seguiram resultaram na nomeação dos seguintes membros para o novo conselho do PPI:

Co-Presidente: Samir Allioui (Holanda)
Co-Presidente: Marcel Kolaja (Republica Checa)
Tesoureiro: Pat Mächler (Suiça)
Administrador: Lola Voronina (Russia)
Vogal (Membro): Thomas Gaul (Alemanha)
Vogal (Membro): Paul Da Silva (França)
Vogal (Membro): Finlay Archibald (Reino Unido)

Também o novo tribunal de arbitragem foi constituído por eleição dos seus membros, que resultou na seguinte formação:

Arturo Martinez (Espanha)
Jurgen Rateau (Belgica)
Marco Confalonieri (Itália)
Maxime Rouquet (França)
Pascal Gloor (Suiça)
Stefan Raynova (Austria)
Sven Clement (Luxemburgo)

Para além disso foram eleitos também os seguintes auditores:

Alessandra Minoni (Itália)
Ole Husgaard (Dinamarca)
Silvan Gebhardt (Suiça)

Após o processo eleitoral foram também apresentadas e votadas as diversas moções propostas no decurso da conferência.

Tal como no ano passado, houve de seguida uma apresentação do novo conselho através de uma conferência de imprensa, que decorreu na sala Lissabon (Lisboa) da Messe de Friedrichshafen:






A conferência terminou com um discurso de encerramento proferido pelo fundador do primeiro Partido Pirata e, efectivamente, do movimento global que hoje inclui mais de 40 países, Rick Falkvinge:






É um discurso excelente, recomendável tanto a simpatizantes do movimento pirata como a todas as pessoas que, apesar de desiludidas com os partidos instalados e os políticos de carreira, se desanimam com as dificuldades em combater o sistema actual.

Entre o conjunto de mensagens abrangente, há uma, “não menos importante”, e que curiosamente foi cantada até à exaustão no mesmo fim de semana da conferência pelas ruas de Portugal…aos 22m45s do seu discurso Rick Falkvinge diz:
“E por último, mas não menos importante, divirtam-se! Precisamos escolher divertirmo-nos ao longo do caminho porque vamos estar nisto por muito tempo. O mundo não se muda de um dia para o outro. Mas eu penso que vale a pena, para mim pessoalmente, e isso é algo que eu não posso…é uma luta que eu não posso escolher ignorar. Portanto preciso escolher divertir-me ao longo do caminho, e não é só para mim pessoalmente, é também para o bem do movimento, porque as pessoas vão ter com as outras pessoas que se estão a divertir. Se estás aborrecido as pessoas vão ignorar-te, se estás a divertir-te e a rir as pessoas vão juntar-se a ti.”
E de facto, o rescaldo geral dos participantes indica que realmente foi uma conferência não só mais proveitosa em termos de resultados, mas também mais divertida e bem disposta que a do ano anterior, pelo que o ano que se segue é bastante promissor no capítulo internacional deste movimento global que segue unido sob a mesma bandeira de protecção dos direitos liberdades e garantias de todos.

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