sexta-feira, 17 de junho de 2011

A fundação do Partido Pirata Internacional

 Assinaturas no estatuto do
Pirate Parties International,
fundado em Bruxelas em
18 de abril de 2010.  
Neste post do PPP foi publicado um relato da última conferência internacional dos Partidos Piratas que aconteceu na Alemanha este ano. Nenhum delegado do Brasil participou por falta de interesse de quem podia participar. Mas em 2010, aconteceu a primeira conferência internacional de grandes proporções e o Brasil participou da conferência que aconteceu em Bruxelas, na Bélgica. Nessa conferência foi formalizado uma entidade internacional de cooperação mútua entre os partidos piratas formados e a se formar: O Pirate Parties International.

Um representante do Brasil foi enviado à Bruxelas com recursos de uma campanha de doações cuja meta era R$ 2700, dinheiro suficiente para comprar as passagens e bancar as despesas de hospedagem. Outro representande, que era eu, participou da conferência remotamente pela internet.

O primeiro dia foi um evento social para os participantes de muitos países se conhecerem melhor, incluindo um tour pela câmara do Parlamento Europeu de Bruxelas, que foi organizado pelo Euro-deputado pelo Partido Pirata Suéco Christian Engström. O segundo dia foi um dia de exautivas discussão e votação do estatuto do Pirate Parties International, cuja proposta principal era de autoria dos alemães. Os polonenes fizerem uma proposta também o que causou certa divergência. A conferência ficou um pouco prejudicada pela erupção do vulcão Eyjafjallajokul, pois vários participantes tiveram que cancelar seus vôos. Entre eles, Rick Falkvinge, fundador do Piratpartiet.

Havia pouco tempo para votar o estatuto em apenas um dia, e o clima geral foi que faltou tempo para uma discussão melhor dos meandros do documento. O clima de insatisfação eclodiu no final da conferência quando as votações terminaram e, insatisfeitos, os suecos decidiram que iriam se retirar da reunião, mas que levariam o estatuto para discutir entre eles. Os poloneses os seguiram na decisão e muitos consideraram fazer o mesmo. Essa foi uma decisão difícil para os representantes do Brasil: Se acompanharíamos os suécos, ou se nos juntariamos com aqueles que queriam ver o estatuto ratificado. Discutimos bastante e decidimos que seria muito esforço em vão se voltássemos de mãos vazias dessa reunião, além de que seria mais útil para nós participar da entidade que do que não participar. Isso poderia ajudar com reconhecimento a nossa iniciativa do Partido Pirata no Brasil, mesmo que a Suécia, que fundou o movimento, não fizesse parte da entidade.

De forma geral, a conferência ajudou bastante no amadurecimento de idéias para nós. Nós colhemos bastante informação, apesar de não como queríamos, como por exemplo um questionário de perguntas que distribuímos por lá. Infelizmente, não havia muito tempo. Até agora o Pirate Parties International tem ajudado como uma rede de troca de informações internacional, com campanhas como a de apoio ao wikileaks e a  ajuda com a censura da internet nos países árabes do oriente médio e norte da África recentemente. Além de solidariedade internacional como no caso dos membros do partido pirata da Tunísia que foram presos, e no caso da apreensão dos servidores do Partido Pirata alemão. Para nós é muito mais interessante participar do fórum dos partidos piratas do mundo e trocar experiencias, estar em sintonia com as discussões e tomar ciência do que ocorre no exterior. Pode parecer uma mão invisível, mas isso vai ajudar bastante o nosso movimento aqui no Brasil também.

Fundação do Pirate Parties International, 18 de abril de 2010 - Bruxelas, Bélgica.

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